"É um pecado que vamos ter que pagar. Não tem outro jeito", desabafou ontem o vice-presidente do DEM e senador, Heráclito Fortes (PI), ao tomar conhecimento do pedido de prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Diante do escândalo nacional que abateu o único governador eleito pelo partido Democratas, Heráclito ainda tentou dividir o prejuízo político com o PT. Lembrou que, diferentemente de outras legendas, o DEM não pode ser acusado de omissão. "Nós não fizemos como outros partidos, que além de protegerem os acusados de corrupção, agora os reabilitam, colocando-os na direção nacional", atacou o senador. Mas em meio ao ineditismo do primeiro flagrante de corrupção fartamente documentado em imagens de maços de dinheiro que, de mão em mão, engordaram bolsos, meias, cuecas e sacolas de políticos de Brasília, a oposição não tem como fugir da condição de protagonista da crise.
Em nota oficial da Comissão Executiva Nacional, com o apoio dos líderes partidários na Câmara e no Senado, o Partido Democratas determinou a todos os seus filiados "a imediata saída" dos cargos no governo do Distrito Federal (GDF). Mas a ordem não valeu para o vice-governador Paulo Octávio, que também é vice-presidente nacional do DEM e teve seu nome envolvido no escândalo. Com o pedido de licença de Arruda, é ele quem responde pelo GDF. Ao menos por enquanto.
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