Embora o mandato tenha dimensão estadual, deputados têm feito da tribuna da Assembleia Legislativa um espaço para críticas às administrações municipais. Os questionamentos, frequentes no ano passado, devem ser reforçados agora. Por trás da atitude dos deputados, há dois motivos. Um é a proximidade das eleições, previstas para outubro. O outro pesa mais. É a ausência ou a fragilidade das bancadas de oposição nas Câmaras Municipais, a exemplo de Olinda e Ipojuca.
Sem qualquer oposição dos 17 vereadores, o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), vem sendo criticado por Jacilda Urquiza (PMDB) e Pedro Eurico (PSDB) na Assembleia. Os dois parlamentares estaduais encabeçaram, respectivamente, uma das chapas derrotadas pelo comunista em 2008. "Na condição de opositora, tenho que fiscalizar. E como ninguém na Câmara faz isso, não posso fugir desse papel", justifica a peemedebista. As críticas feitas na tribuna, segundo ela, são pautadas em queixas da população.
Sob esse mesmo argumento, Sérgio Leite (PT) e Carlos Santana (PSDB) costumam recorrer à tribuna da Assembleia para colocar os problemas de suas principais bases na ordem do dia. Leite investe contra a gestão de Yves Ribeiro (PSB), em Paulista, enquanto Santana lembra os pontos fragéis da administração de Ipojuca, que tem Pedro Serafim (PDT) à frente. "Sempre faço pronunciamentos quando acho necessário discutir problemas concretos para a cidade", diz o tucano, que governou Ipojuca por três mandatos.
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