A proximidade da eleição presidencial fez com que o Palácio do Planalto e os partidos aliados e de oposição adotassem a mesma estratégia para montar seus times no Congresso. A escolha dos novos líderes, que serão oficializados amanhã, na reabertura dos trabalhos do Legislativo, foi fruto do “ajuste eleitoral” nos campos governista e de oposição. Na Câmara, a cúpula do DEM optou por um nome afinado com a candidatura presidencial do governador tucano de São Paulo, José Serra, enquanto o governo buscou uma alternativa com melhor trânsito no PMDB.
O novo líder do DEM na Câmara será o deputado Paulo Bornhausen (SC), escolhido por consenso na bancada e com o apoio da cúpula partidária. Depois da troca pública de farpas entre o presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia (RJ), e José Serra, a escolha do filho do ex-senador Jorge Bornhausen para liderar a bancada sinaliza a proximidade do candidato tucano.
Também não por acaso, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) deixa o comando da bancada do PT para assumir a liderança do governo na Câmara. Em tempos de costura da aliança nacional com o PMDB para eleger a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) presidente, o governo optou por desalojar o líder gaúcho Henrique Fontana (PT). Em resumo, trocou o deputado de um Estado onde PT e PMDB vivem às turras, pelo paulista Vaccarezza, que integra a seleta lista dos “queridinhos do PMDB” no PT, por seu diálogo fácil com a cúpula peemedebista. Governo e oposição querem afinar seus times de líderes no Congresso com o candidato a presidente
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