Secretário-geral manifestou desejo de que melhorassem as relações entre a União Africana (UA) e o Conselho Nacional de Transição (CNT), que representa a rebelião líbia
NOVA YORK - A comunidade internacional poderá se ver obrigada a enviar rapidamente uma força policial à Líbia, onde circula um número elevado de armas de pequeno calibre, declarou nesta sexta-feira (26) o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Ban manifestou também seu desejo de que melhorassem as relações entre a União Africana (UA) e o Conselho Nacional de Transição (CNT), que representa a rebelião líbia. A UA mantém sua rejeição a reconhecer o CNT, cujos partidários controlam a maior parte do país e da capital, Trípoli, apesar de os combates ainda não terem cessado.
O secretário da ONU dirigiu-se à imprensa após ter participado de uma videoconferência sobre a Líbia junto a representantes da UA, da União Europeia, da Liga Árabe e da Organização da Conferência Islâmica.
"Há uma urgente necessidade de colocar fim ao conflito e de reestabelecer a ordem e a estabilidade. Estamos todos de acordo que se as autoridades líbias pedirem, devemos estar prontos para ajudá-las a organizar uma força policial, considerando que o país está cheio de armas de pequeno calibre", disse.
Indicou que o número de policiais necessários não tinha sido ainda decidido e que haverá outras discussões a esse respeito durante uma reunião sobre a Líbia prevista para 1º de setembro em Paris. Nessa ocasião, Ban se reunirá com o chefe do CNT, Mustafah Abdel Jalil.
Afirmou também que recomendará em breve ao Conselho de Segurança o envio "urgente" de uma missão da ONU na Líbia.
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