Apesar dos possíveis transtornos que serão causados pelas obras, o projeto trará benefícios
O anúncio da construção de quatro viadutos na Avenida Agamenon Magalhães foi o assunto desta quinta-feira (11) nas ruas da cidade e, principalmente, das pessoas que passam ou trabalham todos os dias na via. A população está otimista e, ao mesmo tempo, preocupada com os transtornos que, com certeza, virão durante a construção dos elevados.
O gerente da McDonald's, André Gomes dos Santos, ficou surpreso com a novidade. A lanchonete fica localizada no cruzamento onde será erguido o primeiro viaduto, entre a Rua João Fernandes Vieira e Avenida Rosa e Silva. "Nunca imaginei que fariam um viaduto aqui, mas acho que será ótimo para desafogar o trânsito dessa área."
A segunda obra irá ligar a Rua João Fernandes Vieira, em frente ao Colégio Americano Batista, a Avenida Rui Barbosa. Para o assessor da corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Orson Lemos, que trabalha na esquina das avenidas desde 2005, uma solução desse tipo para o trânsito da Agamenon é esperada há muito tempo. "Nas grandes metrópoles, o problema das áreas de gargalo são solucionados com viadutos. Se o governo se comprometer em iniciar e terminar as obras num tempo razoável, acredito que a população vai suportar os transtornos."
No ponto de taxi da Praça do Derby, os motoristas também concordam que os viadutos já deveriam ter sido feitos há muito tempo. "Essa é a melhor solução para esse trânsito", disse o taxista José Severino de Andrade, que há 35 anos roda pelas ruas do Recife. Para ele, a construção dos elevados não irá causar muito transtorno à população. "Hoje em dia essas coisas vem tudo pré-moldado. É só bater as colunas e colocar as placas depois."
Já no quarto cruzamento, que receberá um viaduto até 2013, ligando as ruas General Joaquim Inácio e Paissandu, a gerente de banco Cristiana Mesquita ainda não estava totalmente convencida de que os projetos realmente vão sair do papel. "Todos nós queremos acreditar que sim, afinal, alguma coisa precisa ser feita em relação a esse trânsito. Todo dia, levo uma hora para chegar em casa", disse a gerente que mora em Boa Viagem. "Se construírem mesmo, vai prejudicar um pouco, durante as obras, mas as vezes é preciso dar um passo para trás para depois dar dois a frente."
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