Quase dois meses depois de desistir da disputa da Presidência da República, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), voltou ontem a opinar sobre sucessão. Num evento no interior do seu estado, lamentou o fato de o PSDB não ter feito a "mobilização necessária" para que sua pré-candidatura fosse discutida como uma alternativa do partido. E acrescentou que retirou o nome da disputa para "não criar um conflito maior" na legenda. Ao ser questionado se ainda há tempo para percorrer país, numa referência a uma futura candidatura presidencial, disse que não tinha como saber. "Acho que a essa altura é difícil", resumiu. "Vamos aguardar que as coisas caminhem naturalmente, o partido tem um belo candidato colocado", completou, referindo-se ao governador de São Paulo, José Serra.
O tom adotado por Aécio indica que ele não se excluiu definitivamente do processo. Ainda mais porque as opiniões surgem um dia depois da divulgação da pesquisa CNT/Sensus que aponta um quadro de empate técnico entre Serra e a a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), presidenciável do PT. Ou seja, o nome do mineiro começa a ser relembrado, principalmente porque ele voltou a afirmar que a sua ideia de concorrer ao Senado não é fixa. "Nós que fazemos política não somos donos do nosso destino", disse ontem.
O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PSDB), no entanto, garante que o tucano paulista está "complementamente interessado" na eleição. "Serra lidera as pequisas, está muito bem no jogo. Se você tirar Ciro, ele permanece bem lá na frente. Serra, na realidade, está mesmo é preocupado com a chuva que castiga todo o estado de São Paulo", observou o senador, que esteve com o paulista na segunda-feira
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