O governador Eduardo Campos (PSB) preferiu não comentar, ontem, a decisão da corrente petista Construindo um Novo Brasil (CNB) - ligada ao secretário das Cidades Humberto Costa - de brigar para ter um nome na chapa majoritária. No Palácio do Campo das Princesas, no entanto, o clima é de que “nada mudou”. Embora a postura da CNB vá de encontro aos interesses do ex-prefeito João Paulo (PT) - da corrente adversária CEU - que, há algum tempo, investe numa pré-candidatura ao Senado, palacianos asseguram que não haverá impasse. O entendimento é de que trata-se apenas de mais um episódio da já conhecida “dinâmica interna” do PT, marcada por conflitos, tão comuns, que já são interpretados nas hostes governistas como “rotina”. “Não afeta nem a relação do governador com Humberto Costa, nem dele com João Paulo. Não afeta nem com o PT, nem do PSB com PT”, garante aliado do Campo das Princesas.
Naturalmente, a escolha do nome a compor a chapa deve passar pelo crivo do socialista, que, por sua vez, não tem poupado a companhia de João Paulo em suas caravanas pelo interior do Estado. Apesar de estar sem cargo desde que deixou a secretaria de Articulação Regional, em novembro, o ex-prefeito chegou até discursar ao lado do governador na semana passada. No estilo “light”, entre sorrisos, o governador, ao sair da posse da nova mesa diretora do Tribunal de Justiça de Pernambuco, resumiu-se a dizer: “Quando eu for discutir, vou reunir todos os partidos e conversar com todo mundo”.
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