domingo, 7 de fevereiro de 2010

PT: 30 anos e o desafio do pós-Lula

Na próxima quarta-feira, o PT completa 30 anos de existência. A legenda, que iniciou suas atividades encabeçando greves e paralisações de operários da metalurgia na região do ABC Paulista, chega à maturidade com o desafio de tentar manter acesa a antiga esperança - cantada nos jingles que deram o tom da primeira campanha presidencial da sigla - com a experiência administrativa acumulada nos oito anos de comando no Governo Federal. Com as fichas apostadas na ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a sigla tenta construir a ponte do “pós-Lula” e se firmar como modelo de gestão e partidário de esquerda, independente de figuras específicas.

“Havia muita desconfiança. Fomos conquistar nosso espaço com muita luta, com muita perseverança. Foi um processo inicial muito pesado e muito difícil”, revelou o secretário estadual de Cidades, Humberto Costa. Um dos fundadores do PT em Pernambuco, o ex-ministro ainda contou que a falta de estrutura amplificou as dificuldades enfrentadas pelos integrantes do novo partido. Ele disse que precisou dormir por várias vezes dentro do seu carro durante as viagens que fazia para o Interior com a missão de levar a proposta petista para os municípios mais distantes da capital. “Nessa época, a gente tinha que montar as comissões provisórias do partido no Interior e eu cansei de dormir com o carro atolado dentro de canavial”, relatou Costa.

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