sábado, 6 de fevereiro de 2010

"Fraude em horas extras é comum"

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), reconheceu ontem que são "práticas comuns" na administração pública federal as fraudes no controle de frequência dos servidores para o pagamento de horas extras irregulares. Na última quinta-feira, o Senado abriu uma sindicância contra cinco servidores que teriam cometido irregularidades na marcação do ponto pelos serviços extraordinários. Eles teriam computado as horas extras a partir de casa, sem efetivamente estarem trabalhando no Senado. Heráclito afirmou que não gostaria de ver os funcionários expulsos do serviço público ao final das investigações.

"Se você examinar, a Esplanada dos Ministérios está cheia de casos dessa natureza. E foi naturalmente com essa cultura que eles foram contaminados", afirmou Heráclito, ao ressaltar que "tem gente que faz do serviço público um bico", vindo bater ponto e depois retorna a suas atividades em boutiques e sapatarias. "A punição revela uma fragilidade legal, são jovens em estágio probatório. Particularmente, como ser humano, não gostaria que houvesse a punição máxima ou a demissão. Talvez uma suspensão", acrescentou.

O ponto para controlar as horas extras, porém, não teve o efeito de reduzir o aumento de gastos ao final de 2009. Segundo a Secretaria de Comunicação informou em outubro, a Casa esperava economizar R$ 13 milhões em relação ao gasto com o adicional pago em 2008, de R$ 83,9 milhões. Encerrou 2009, porém, usando R$ 87,6 milhões no bônus - quase R$ 4 milhões a mais.

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