A Vital Ambiental, empresa que desde julho de 2009 é responsável pela limpeza urbana do Recife, está sendo acusada por funcionários e pelo sindicato da categoria de demitir um grupo de 75 pessoas para facilitar o "loteamento político" dos cargos. As demissões ocorreram ao longo da semana passada, culminando numa rápida paralisação dos serviços de coleta de lixo e varrição das ruas na última sexta-feira.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana de Pernambuco, Rinaldo Lima, os demitidos também são ex-funcionários da Qualix (empresa de limpeza que operava no Recife até o ano passado e que não teve o contrato renovado) e tinham em média 18 anos de atividade como garis ou varredores. "Quando a Vital assumiu, houve uma pressão popular e do Ministério Público do Trabalho para que os ex-funcionários da Qualix fossem aproveitados. Mas depois que essa pressão passou, eles fizeram as demissões para substituí-los por indicados políticos. Essa avaliação não partiu do sindicato, mas dospróprios funcionários", disse o dirigente sindical.
Em reunião com a categoria, a Vital prometeu avaliar os casos, mas negou a acusação de ingerência política no preechimento dos cargos e ressaltou que o serviço de limpeza não foi suspenso na última sexta-feira. Em nota, a empresa informou que as demissões atingiram cerca de 50 pessoas e não 75. A saída dos funcionários foi classificadapela prestadora como "uma rotatividade natural", já que a empresa possui um contingente de aproximadamente 2 mil funcionários para esse serviço. Nas contas do sindicato, o número exato de funcionários é de 2.175 pessoas, sendo 1,4 mil oriundas da Qualix.
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