O governador Eduardo Campos evita a todo custo falar sobre as eleições de outubro com a justificativa de que antecipar o debate eleitoral pode prejudicar o andamento da gestão. Mas silenciosamente o PSB, partido liderado por ele, trabalha nas articulações para a campanha junto aos aliados em todo o estado. A ideia é garantir a presença da frente no maior número de municípios possível nas 12 regiões pernambucanas para divulgar as ações do governo.
"Estamos começando a gestar um plano de campanha que deverá ter forte capilaridade", afirmou o presidente estadual do partido, Milton Coelho. Ele não dá mais detalhes sobre o assunto. Será a mesma visão adotada pelo governo Eduardo, que se propôs a realizar ações nas 184 cidades do estado e, de acordo com a secretaria de Planejamento, os programas de Educação, Saúde e Segurança Pública têm beneficiado todas elas.
Socialistas revelam, no entanto, que faz parte da estratégia governista manter campanhas proporcionais robustas de forma regionalizada. Vale até estimular candidaturas que não têm muitas chances de vitória. A campanha seguirá o raciocínio do voto distrital - voto regionalizado, em que os eleitores só podem escolher candidatos de seu território eleitoral e os candidatos só podem se inscrever para concorrer em uma área específica. A discussão do voto distrital ainda se restringe ao Congresso Nacional e sem previsão de votação, mas a lógica desse sistema já pode ser encontrada no modelo atual da legislação eleitoral. Ao analisar os mapas da votação dos candidatos, percebe-se que os eleitores costumam votar em nomes que representem suas regiões.
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