O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse ontem que não vai aceitar interferências de "outros partidos" no processo de composição do palanque da legenda socialista em 2010. Em outras palavras, deixou claro que, pelo menos até o mês de março, não vai admitir intromissões do PT nas articulações internas envolvendo a candidatura do deputado federal Ciro Gomes a presidente da República ou a governador de São Paulo pelo PSB.
Ontem à tarde, após receber no Palácio do Campo das Princesas o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o presidente do PSB em São Paulo, deputado federal Márcio França, o governador fez questão de externar que os petistas não terão espaço para opinar nas discussões internas do PSB, apesar das pressões. Filiado ao PSB desde outubro no ano passado e com excelente trânsito no setor industrial brasileiro, Skaf tenta emplacar a sua candidatura ao governo paulista, o que poderia interferir na candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência.
Depois de uma conversa reservada de quase cinco horas, o governador ressaltou que "cada partido decide o seu futuro". Eduardo Campos disse que as duas siglas firmaram um acordo para construir separadamente suas costuras internas até o mês de março. "A decisão sobre o futuro do PSB toma o PSB. Os outros partidos devem respeitar as decisões que cabem ao PSB. Nossas decisões não serão tomadas por dirigentes de outras legendas. Nossas decisões serão tomadas pela nossa direção", alertou.
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