O governador de São Paulo, José Serra, finalmente decidiu posicionar-se como pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB. Serra diz que o foco da campanha do seu partido não será o atual governo e, pela primeira vez, demonstra menos preocupação com a condição de candidato natural à sucessão de Lula. "Candidato a presidente não é chefe da oposição", afirmou, delegando ao PSDB a tarefa de criticar o governo Lula e se guardando para o que considera o confronto real, com a candidata do PT, ministra Dilma Rousseff, mais adiante. A síntese é a de que o exercício da oposição é tarefa partidária. A sua é a de governar São Paulo.
A mensagem alcança o Planalto porque o governador avalia que o presidente Lula antecipou o calendário eleitoral também para atraí-lo antes do tempo. Se caísse na cilada palaciana, facilitaria a estratégia de Lula de estabelecer uma campanhapolarizada entre seu governo e o anterior, do PSDB. Nesse contexto, sem explicitar, Serra compartilha a tese do governador de Minas, Aécio Neves, que cunhou a expressão "pós-Lula", como referência tática para a campanha do partido. "Vou apontar as coisas para o futuro", afirmou. Lula declarou reiteradas vezes que a campanha de 2010 será uma comparação entre seu governo e o de Fernando Henrique Cardoso. O governador paulista não vai por aí. "Não vou ficar tomando conta do governo Lula", disse
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