quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

"tenho sido agredido todos os dias por adversários"

Sem demonstrar pressa ou açodamento, para usar um termo que ele costuma empregar, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) mantém-se firme no propósito de só decidir depois do carnaval ou mesmo em março se será mais uma vez candidato ao governo do estado. Entre os partidos de oposição, porém, o discurso é de pressão total. Todos, PSDB, PPS, DEM e o próprio PMDB, não cogitam outro caminho para as eleições de outubro a não ser o de ter o senador na cabeça da chapa. Mas, a despeito da ansiedade oposicionista, Jarbas segue no seu ritmo. Observa que, se nem o governador de São Paulo, José Serra (presidenciável do PSDB), resolveu "as coisas", nem o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), decidiu ainda se é candidato ao Senado ou a vice, "por que essa pressa em decidir aqui, num estado tão importante como Pernambuco?".

Ontem, durante a festa de aniversário da deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), o senador encarou todas as perguntas numa espécie de coletiva improvisada no restaurantes Spettus, no Derby. Demonstrou incômodo com a agressividade dispensada a ele pelos adversários, mesmo estando 40 dias calado. Irônico - e em alguns momentos bem humorado -, afirmou que querem lhe colocar um guizo, quando na realidade o guizo está pendurado no pescoço dos governistas. Disse até mesmo que rebateria no mesmo tom, caso o presidente Lula (PT) o chamasse de babaca, como fez com o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) na semana passada.

Jarbas reiterou, porém, que não deve ficar refém da oposição no que diz respeito à sua decisão de disputar ou não o governo. Aliás, em dado momento, deu a entender que se que sente pouco à vontade com a pressão dos aliados. "De um lado, tenho sido agredido todos os dias por adversários e, do outro, jogado no canto da cerca por correligionários". E mais: avisou que "metade" dos seus amigos o quer longe da disputa e que isso pesará na sua decisão. "Amigo é diferente de correligionário", pontuou, indicando que, mesmo disposto a rebater ataques e a se posicionar em defesa do grupo político que integra, a definição sobre o seu futuro não é das tarefas mais banais.

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