domingo, 31 de janeiro de 2010

PT vira coadjuvante na estratégia dos socialistas

Quem te viu, quem tem vê. O Partido dos Trabalhadores vive uma conjuntura de intenso fogo amigo, apimentada por um desfile de vaidades, aqui na província e no resto do país. Os petistas de amplas tendências, hoje, aparentemente estão a reboque do PSB do governador Eduardo Campos. Na montagem do palanque presidencial e das candidaturas majoritárias nos estados - governador, senador - o partido enfrenta uma situação atípica. Nem mesmo a popularidade do presidente Lula está conseguindo tirar a condição de coadjuvante do PT no processo político.

Em Pernambuco, apesar das três vitórias para a Prefeitura do Recife (João Paulo 2000/2008 e de João da Costa em 2008), históricamente o partido teria penetração razoável na RMR e quase nenhuma no interior (o PT tem apenas sete, dos 184 prefeitos). A maior votação obtida pelo partido numa sucessão estadual foi 25%, com Humberto Costa, secretário das Cidades. Outra coisa que expõe o PT é a eterna briga interna e a presunção ora ostensiva, ora dissimulada de algumas de suas lideranças.

Eduardo, que não gosta de perder tempo, está conseguindo enquadrar os petistas que insistem em ver Ciro disputando o governo paulista. O governador tem sido muito explícito: quem fala pelo PSB é ele, quem define os rumos do partido é ele. Quem dá murro na mesa é ele, evidentemente quando for necessário para reforçar seu posicionamento diante de provocações dos inimigos íntimos. Para aumentar a tensão interna do PT pernambucano, o prefeito João da Costa deu as costas ao seu padrinho, o ex-prefeito João Paulo, que não tem conseguido se manter zen por causa da postura adotada pelo seu sucessor. Oliveira Lima, importante historiador pernambucano, contemporâneo de Joaquim Nabuco pode explicar adecepção do João que está na planície, após eleger o outro João. Segundo o historiador , "o pernambucano em especial o recifense, cultiva a inveja e a ingratidão".

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