quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ministro deixará cargo antes do prazo

O ministro da Justiça, Tarso Genro, antecipou-se e anunciou que deixará o governo até a primeira quinzena do próximo mês, e não em abril, como determina a lei. Ele será o primeiro auxiliar do presidente Lula a desincompatibilizar para se candidatar ao governo do estado, no caso o do Rio Grande do Sul. Dentro do Palácio do Planalto, dois nomes são cogitados para assumir a pasta: o secretário-executivo do ministério, Luiz Paulo Barreto, e o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). Tarso está de férias em Porto Alegre, mas retornou ontem a Brasília para o lançamento de dois programas ligados à segurança pública, área que priorizou em sua gestão.

A saída antecipada de Tarso já estava programada desde o ano passado, quando saiu de férias. O ministro, por ocupar um cargo em Brasília, sentia-se ausente do Rio Grande do Sul, onde seu principal adversário deverá ser o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB). Ontem, o ministro teria uma conversa com Lula para definirseu futuro. "A data da minha saída tem que ser negociada com o presidente, mas acho que vai ser na primeira quinzena de fevereiro", afirmou. Fontes do ministério disseram que a data provável é 10 de fevereiro e a posse do substituto seria cinco dias depois.

Apesar de anunciar uma data provável para sair, Tarso admitiu que poderá ficar no ministério até 3 de abril, prazo final de desincompatibilização, mas tudo dependerá de um pedido de Lula. "Vou encaminhar essa questão com o presidente porque a prioridade agora é minha obrigação enquanto ministro da Justiça, quando o presidente achar que está estabilizado o trabalho aqui e o principal projeto, que é o Pronasci, está cumprido e implementado e eu acho que já está, aí vamos ver a saída", disse o ministro.

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