A corrida ao Palácio do Planalto acirrou de vez os ânimos entre oposição e governo. Nos últimos dias, PSDB e PT trocaram insultos de toda natureza, inclusive pessoais. Tucanos anunciaram que entrarão na Justiça comum contra o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, por calúnia e difamação. Também reclamaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da antecipação de campanha por parte da pré-candidata governista, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Os ataques encontraram eco em Pernambuco. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), uma das vozes mais contudentes da oposição ao presidente Lula em Brasília, divulgou nota em defesa do presidente naconal do PSDB, senador Sérgio Guerra, classificado de "jagunço" por Berzoini.
A atitude de Jarbas sinaliza que ele está ligado na pré-campanha e reforça seu caráter de líder da oposição de Pernambuco, principalmente no ano em que PSDB, PMDB, DEM e PPS esperam tê-lo na cabeça da chapa da disputa pelo governo estadual. Além disso, ratifica a condição de crítico ferrenho do PT construída por ele no Senado. Na nota, o peemedebista afirma que "chamar o senador Sérgio Guerra de jagunço é uma ofensa gratuita e um desrespeito ao povo pernambucano". Em seguida, avalia que a escolha da palavra mostra um preconceito tacanho que há muito deveria estar banido do debate político. "Infelizmente, é essa a imagem que a ministra Dilma Rousseff e os petistas têm dos nordestinos", diz. Por fim, frisa que grosseria, má educação e rispidez são elementos inerentes à personalidade da ministra Dilma.
No plano nacional, a virulência que se vê neste início de pré-campanha tende a aumentar. Pelo menos é o que se conclui a partir das declarações de Guerra e do deputado federal Fernando Ferro, futuro líder do partido na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao Diario, o tucano assegura que o PSDB - que tem o governador de São Paulo, José Serra, como pré-candidato à Presidência - responderá à altura sempre que considerar necessário e acusa o PT de não querero debate. "Eles querem é esconder a Dilma". Por outro lado, Ferro vê desespero na oposição e dispara: "Vamos comparar, sim, os governos de Fernando Henrique e Lula. Dessa eles não escapam. Quando se compara, a gente devasta eles politicamente".
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