Como pode um simples almoço reunindo amigos, se transformar num fato político significativo? Foi o que ocorreu, ontem, no aniversário da deputada estadual tucana Terezinha Nunes, festejado no Spettus da Agamenon Magalhães. Cerca de 250 pessoas de variadas tendências disseram sim à convocação da assessoria da parlamentar. Até o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, compareceu, obviamente sem falar em política. Num passe de mágica, Terezinha deu uma ordem unida, como se diz no linguajar castrense, à oposição pernambucana para se manter acesa nesta sucessão presidencial e estadualual.
Um Jarbas Vasconcelos (PMDB) otimista e loquaz, um Marco Maciel (DEM) confiante na vitória de Serra sobre a ministra Dilma Rousseff e um Sérgio Guerra (PSDB), minimizando a declaração do presidente Lula, que o chamou de babaca, fizeram questão de prestigiar a aliada tucana. "Não me senti ofendido", desconversou Guerra. Ele não foi britânico à convocação, pois chegou praticamente ao final do almoço. O prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), chegou atrasadíssimo, mas a tempo de marcar presença na festança oposicionista.
O deputado Roberto Magalhães (DEM) reafirmou sua retirada da vida pública. Ele, questionado para uma eventual disputa para o governo de Pernambuco, reagiu bem humorado: "nem se for no plano C". Isto se se confirmar mesmo que Jarbas não enfrentará o governador Eduardo Campos (PSB).
O ex-governador Mendonça Filho, outro comensal, reiterou que tem sólidas esperanças da candidatura de Jarbas a governador, mas deixou claro que a decisão só deve ser tomada no momento certo, sem pressões descabidas. "Jarbas une toda oposição", insistiu Mendoncinha.
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