Se o prefeito do Recife, João da Costa, apoiado pelo secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, acredita que o partido deve definir, inicialmente, a estratégia para as eleições de outubro e só depois tratar de nomes, o ex-prefeito João Paulo considera que essa opção pode ser perda de tempo na batalha eleitoral. Para João Paulo, o projeto local do PT deve estar vinculado ao projeto nacional do partido. "Isso significa eleger a ministra Dilma Rousseff à presidência da República, reeleger o governador Eduardo Campos (PSB) e eleger os dois senadores, importantes para dar sustentação a Dilma, e grandes chapas de deputados federais e estaduais", declarou.
Falando a partir de sua própria experiência, como ressaltou, o ex-prefeito acha importante definir os nomes para compor a chapa majoritária governista o mais rápido possível para, posteriormente, apresentá-los aos partidos. "No meu caso, defendi logo o nome que eu apoiaria e fui conversar com os aliados", lembrou, referindo-se à campanha de 2008, quando lançou o nome de João da Costa para disputar a prefeitura, a contragosto da maioria petista. "Até porque os outros candidatos estão por aí, soltos na buraqueira", completou. Ele se referiu aos pré-candidatos ao Senado Sérgio Guerra (PSDB) e Marco Maciel (DEM), que já trabalham para se reeleger.
João Paulo ressaltou ser preciso "entender o tempo de quem coordena a campanha", Eduardo Campos, natural condutor do processo eleitoral. "Mas perde-se tempo também esperando", contrapôs. O ex-prefeito, embora afirme que sairá candidato a deputado federal, é tido como nome certo entre os concorrentes ao Senado na chapa governista.
Humberto, por sua vez, afirma que não é preciso ter pressa nas definições, porque as condições políticas estão favoráveis aos planos governistas. O secretário discorda de João Paulo (o que não é novidade).
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