Depois de uma semana marcada pela troca de farpas entre petistas e tucanos, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), adotou um tom moderado ontem. O tucano repetiu o avô, Tancredo Neves, ao dizer que, na política, as ideias, e não os homens, devem brigar. "A questão fundamental é olharmos para frente e sabermos dizer à população, sem ofensas, sem ataques pessoais, de forma respeitosa como convém à boa política, quais as razões pelas quais as pessoas deveriam votar no nosso projeto", ponderou.
Questionado sobre a continuidade do programa caso o PSDB vença as eleições presidenciais, Aécio Neves contemporizou a briga entre os partidos e classificou o programa como "marca de um conjunto de obras". Mas também disse estar certo que seu partido teria condições de "avançar mais do que vem sendo feito até agora (pelo PT)".
Nos últimos 10 dias, por notas oficiais, PT e PSDB trocaram acusações. A confusão começou depois que o senador Sérgio Guerra (PE), presidente dos tucanos, criticou o PAC, dizendo que o programa teria apenas números inflados. Por isso, o PSDB acabaria com ele. Na troca de notas que se seguiu, tucanos chamaram a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff - pré-candidata do PT ao Palácio do Planalto -, de "mentirosa" e"dissimulada". Por sua vez, petistas classificaram Guerra de "jagunço" do governador de São Paulo, José Serra, provável candidato da oposição à Presidência da República.
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