O senador Sérgio Guerra teve uma boa amostra do quanto poderá ser difícil compor o palanque tucano para a candidatura presidencial de José Serra no Nordeste. Escalado para mediar um conflito interno no PSDB da Paraíba, o presidente nacional do partido gastou todo o dia de ontem tentando, sem sucesso, promover um acordo entre o ex-governador (cassado em 2008) Cássio Cunha Lima e o senador Cícero Lucena, que defendem teses diferentes para a canditatura do partido ao governo daquele estado em 2010.
Após cerca de cinco horas de debates acirrados, alguns sorrisos amarelos e nenhuma solução, Guerra e seus dois convidados deixaram o escritório do senador pernambucano, em Boa Viagem, com o problema debaixo dos braços. Após três reuniões que duraram até o final da tarde, a indecisão sobre a candidatura tucana na Paraíba continua. A última palavra caberá ao possível candidato a presidente da República pelo PSDB, José Serra.
As declarações de Sérgio Guerra de que o PSDB está à esquerda do PT foram tratadas com ironia pelo coordenador do programa de governo petista na sucessão presidencial, o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "Tive uma crise de identidade", brincou Garcia. "O PSDB não é um partido de direita, é um partido da direita", definiu.
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