O governo Lula decidiu que os caças Rafale, da companhia francesa Dassault, se encaixam em um projeto maior de defesa e, portanto, devem vencer a concorrência do projeto FX-2, de aquisição de 36 aviões de combate para a Força Aérea Brasileira (FAB). A palavra final depende apenas de acertos finais sobre o preço desse lote, estimado inicialmente em R$ 10 bilhões. Com base nessa escolha já consolidada, o Palácio do Planalto decidiu descartar qualquer referência mais favorável às aeronaves concorrentes que constar do segundo relatório do Comando da Aeronáutica.
Como contrapartida para a Aeronáutica, que terá seu trabalho de análise praticamente ignorado na escolha final, o Planalto afasta a hipótese de punição ao comando da Força pelo recente vazamento do relatório preliminar do FX-2, de caráter confidencial. Segundo um colaborador direto do presidente Lula, a atitude foi "grave" e nociva à segurança nacional. Mas, ponderou ele, a responsabilidade pelo ato "de um brigadeiro" não pode ser imposta ao comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, cuja "lealdade é inquestionável".
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