domingo, 10 de janeiro de 2010

Mesmo sem intimidade com o tema, políticos partem em defesa do meio ambiente

Na briga para causar boa impressão ao eleitorado brasileiro, políticos elegeram o meio ambiente. A evidência do tema na mídia com os debates urgentes sobre as mudanças climáticas inspirou candidatos, que - mesmo sem intimidade com o assunto - resolveram aderir ao verde. A dificuldade dos marqueteiros de políticos, de qualquer legenda, é medir de uma maneira mais ou menos precisa o quanto o debate sobre o meio ambiente interfere positivamente na decisão do eleitor no momento do voto.

A entrada da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PV-AC) na disputa presidencial desencadeou no governo uma corrida por uma agenda ambiental para evitar que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata à sucessão de Lula, perca terreno. A estreia da mais nova ambientalista do PT foi internacional. Ela liderou as discussões brasileiras na Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP 15), em dezembro de 2009, e anunciou metas de redução de gases de efeito estufa. Apesar do empenho de Dilma, a falta de sintonia com o tema fez a ministra cometer uma gafe durante um evento sobre a Amazônia, quando disse que "o meio ambiente é, sem dúvida,uma ameaça para o desenvolvimento sustentável".

O adversário tucano de Dilma, o governador de São Paulo, José Serra, é outro que volta a atenção para o meio ambiente. Em resposta ao governo Lula, Serra lançou compromisso com o enfrentamento às mudanças climáticas e divulgou na COP 15 a proposta de reduzir até 2020 em 20% a emissão de gases de efeito estufa no estado, demonstrando que a agenda ambiental não ficará restrita a Marina Silva e à própria Dilma.

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