O escândalo dos cachês artísticos na Empetur, que culminou na saída da cúpula da Secretaria de Turismo em Pernambuco há mais de um mês, colocou em evidência uma peça até então escondida no tabuleiro da gestão do governador Eduardo Campos (PSB). Jovem, discreto e apontado como um quadro técnico qualificado e leal, o economista Paulo Câmara assumiu interinamente a pasta com a missão de estancar uma crise sem precedentes, ao mesmo tempo em que continua como titular da Secretaria de Administração. Desde a sua nomeação vem costurando com extrema cautela uma secretaria de amarras políticas ainda frágeis.
O governador não hesitou em nomear Paulo Câmara para o posto deixado por Silvio Costa Filho (PTB). A ideia da escolha é construir uma "blindagem ética" em torno do Turismo, cuja imagem anda bastante chamuscada, apesar dos inegáveis avanços no setor. O socialista também deposita total confiança no novo secretário na tarefa de mantê-lo municiado sobre a situação da pasta. O secretário vem acompanhando de perto o andamento da auditoria interna que visa investigar as contas da secretaria no pós-crise da Empetur, além de tentar evitar que a mudança no comando da pasta atrapalhe os projetos em andamento, incluindo a preparação para o carnaval.
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