O secretário de Educação do Recife, Cláudio Duarte, deve anunciar até o final desta semana o nome do novo assessor executivo de sua pasta. O cargo está vago desde meados de dezembro, com a saída de Flávio Brayner, embora a exoneração tenha sido publicada no último Diário Oficial municipal de 2009. O afastamento de Brayner e de outros cinco dirigentes da pasta aconteceu por divergências na elaboração da política pedagógica da nova gestão.
"A nova orientação da secretaria é tecnicista, com decisões autoritárias, sem a consulta do corpo técnico, que produzem mais efeito midiático do que pedagógico", afirmou Brayner. Segundo ele, as intervenções pedagógicas feitas pelo atual secretário contrariaram a orientação da política educacional da capital. Brayner aponta os convênios firmados com o Instituto Ayrton Senna e a Fundação Roberto Marinho como a gota d'água para deixar o cargo. "Eles são um assalto ao estado e um risco importante para a democracia. O secretário tem tomado medidas em busca de um resultado imediato sem adotar ações estruturantes na rede pública", criticou.
A saída do assessor executivo e de outros integrantes da equipe, para Cláudio Duarte, deu-se por divergências de entendimento. Ele assegura que a linha de trabalho da nova gestão é de continuidade e ampliação dos programas do governo anterior e de avanço na qualidade de ensino e de aprendizagem da rede. "Isso passa por uma série de intervenções, como valorização do trabalho técnico dos professores, do aperfeiçoamento da organização do processo pedagógico e da mobilização da sociedade. Não há unanimidade no processo", declarou.
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