O PSDB desconversa mas aumenta a pressão para que o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, aceite ocupar a vice na chapa encabeçada pelo governador de São Paulo, José Serra, na disputa pela sucessão do presidente Lula em outubro. Em almoço ocorrido ontem na casa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na capital paulista, Aécio dividiu a mesa com o senador Tasso Jeressati (CE), o presidente nacional da legenda, senador Sérgio Guerra (PE), além de FHC.
Tanto que, pela primeira vez desde que Aécio retirou o nome da corrida presidencial (no dia 17 do mês passado), Guerra admitiu o mineiro na chapa, ao invés de descartá-lo veementemente como vinha fazendo. Sempre que era questionado, Guerra dava como certa a impossibilidade de ter Aécio na vice. Foi assim durante sua festa de confraternização em dezembro, quando afirmou que o governador de Minas concorreria ao Senado. Na entrevista à revista Veja, veiculada no último fim de semana, desconversou quando indagado sobre o tema. Mas, ontem, por telefone, afirmou apenas que "esse não é o momento para tratar dessa questão". Ou seja, o não inicial de Aécio está hoje menos "negativo".
"Aécio nos garantiu que trabalhará para que o PSDB saia vitorioso em Minas e no Brasil", disse Guerra, acrescentando que a vice será discutida mais na frente. O presidente nacional dos tucanos informou, ainda, que o almoço tratou da reunião executiva do partido, que acontece no fim do mês em Belo Horizonte. A construção de palanque estaduais para a disputa presidencial também foi discutida.
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