O governo do estado padronizou o discurso de defesa das novas ações na saúde. As duas primeiras cerimônias de abertura das UPAs de Olinda e Igarassu, que aconteceram em um intervalo de duas semanas, tiveram o mesmo roteiro. O script foi seguido à risca nos dois eventos. Passando pelas autoridades convidadas, a ordem dos discursos e o teor das declarações, quase tudo foi repetido, dando a impressão de que existe um modelo de inauguração a ser seguido.
Ontem à tarde, durante a solenidade da UPA Honorata Queiroz Galvão, em Igarassu, as autoridades chamadas para discursar eram praticamente as mesmas de duas semanas atrás, na unidade de Olinda. As declarações de exaltação da gestão de Eduardo Campos (PSB) foram reproduzidas praticamente na íntegra pelos oradores no pequeno palco armado na nova UPA.
Responsável pelos discursos finais nas duas oportunidades, o governador Eduardo Campos manteve o tom de"prestação de contas" do mandato, apresentando novamente um balanço do governo em áreas complexas, como educação, segurança pública e saúde. Desta vez, no entanto, o socialista optou por uma mensagem mais enfática, especialmente nas críticas ao governo do antecessor, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que não foi citado nominalmente. "Pernambuco estava cansado de virar notícia por ser campeã de desemprego, de violência, de problemas na saúde pública. Não vou perder tempo com coisas que não interessam à população. Se toda manhã eu estivesse nas rádios ou jornais para falar mal de adversários, não estaria inaugurando essa UPA", disse Campos. Na próxima segunda-feira, ele inaugura outra Unidade de Pronto Atendimento em Paulista.
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